terça-feira, 5 de agosto de 2008

Em 1979, Fernando Gabeira, preguntou:
"Os políticos podem dar o balanço do numero de mortos, do numero de cassados , refugiados, banidos. Mas quem dará o balanço dos projetos humanos que se frustraram, dos abraços que se negaram, dos beijos paralisados, tudo por medo? Quem dará o balanço do medo que nós tivemos? "


(..)
Um segundo é muito tempo para aquele que não tem tempo nenhum,
o minuto seria melhor vivido se a certeza da morte já o tivesse pegado.
Perder esse grande medo de ter pequenas coragens.
Seria ruim não aproveitar, mas aproveitar é diferente de ser aproveitado.
Que medo, mas que coragem, que tempo.
Que abrigo, que labirinto, que caverna que existe nesse peito que se oprime a tantas sensações e situações.
Quem saberá da aventura de nossas vidas, quem?
Quem nos acompanha em todos os segundos, quem?
Somos seres individualizados, sozinhos,
protagonistas de um monologo que é uma vida bem vivida.

Um comentário:

Anônimo disse...

o balanço do medo traría mais medo e isso, eu acho, não sería fácil...
estamos sozinhos, mas não é assim que meus olhos querem ver. preciso das pessoas comigo... preciso de você!

bj